O Instituto Iti assina um termo de fomento com a Receita Federal para receber a destinação de roupas e calçados apreendidos em operações. O instituto vai destinar 2 mil pares de tênis para a Secretaria Municipal de Assistência Social e 300 pares para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
No entanto, o quantitativo que será destinado pela Receita Federal ao instituto itabirano é muito maior. “Nessa primeira remessa, recebemos cerca de 15 toneladas de material, entre tênis, chinelos e roupas. Todos os materiais que foram apreendidos pela Receita e que seriam destruídos. Agora, neste projeto que vamos assinar, os materiais devem ser descaracterizados antes de serem entregues para os projetos sociais”, explicou Ronaldo Silvestre, fundador do Iti.

A maioria dos materiais são classificados como falsificados, mas estampados com marcas famosas. Neste novo projeto chamado de Transformar, calçados e roupas passarão por um processo de descaracterização, com as marcas sendo substituídas pela marca do Iti.
Ronaldo Silvestre comemorou muito a assinatura do acordo com a Receita Federal. “Isso foi fruto de uma negociação que já vinha se arrastando há 5 anos. Isso porque foi necessário vencer muitas etapas para conseguir a confiança da Receita Federal para recebermos esses materiais. O que antes era destruído, agora vai ser utilizado no instituto para vestir pessoas carentes”, informou o ativista social.
“Todos esses materiais seriam destruídos pela Receita Federal, incinerados mesmo, ou levados a aterros. Já temos um impacto ao meio ambiente que não vai mais acontecer. Temos o custo para a destruição do material, que também é pago com recursos públicos e não será mais despendido. Temos a nossa mão de obra, aqui no instituto, as pessoas que vão trabalhar na descaracterização das roupas e calçados e vão receber por seu trabalho e as pessoas para quem vamos destinar todo o material”, Ronaldo Silvestre – Criador do ITI
A perspectiva é que os materiais preparados no instituto sejam distribuídos não apenas em Itabira. “Como vamos receber remessas constantes do material, vamos assistir a entidades em várias cidades. E vamos atender na medida da necessidade. A Apae de Itabira, por exemplo, não vamos entregar um par de tênis apenas. Vamos enviar camisas, bermudas, cuecas, tudo em um kit fechado, já com a numeração certa para cada aluno. E como se trata do fruto dessa parceria com a Receita Federal, vamos atender as entidades em qualquer cidade da região”, enfatizou o fundador do instituto.




















